Colaboradores

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Conflito de gerações.

     Este ebook foi criado a partir de algumas discussões realizadas em aula, e dos conceitos de gerações apresentados por Bauman no texto: No rastro da geração Y, presente no livro 44 cartas para o mundo liquido moderno.

http://pt.calameo.com/read/0037277847da45e4656ab

       Um semestre, uma disciplina chamada Mídias e Educação e muitas aprendizagens...

            Durante o primeiro semestre deste ano de 2014, participei de uma disciplina chamada Mídias e Educação com os profs. Joice e Márcio, infelizmente essa disciplina é optativa e por conta disso nem tod@s colegas farão essa disciplina, porém eu acredito que ela devesse ser uma disciplina obrigatória pelo menos aos cursos de licenciatura, pois quando nós entrarmos na sala de aula com certeza teremos que lidar com a cibercultura na qual estamos vivendo e que promete cada vez mais tomar cada um dos nossos minutos.
            Talvez eu não consiga listar aqui todas as aprendizagens construídas nessas aulas pois posso esquecer alguma coisa neste momento, mas aprendemos muitas coisas, discutimos muitos temas atuais e importantes quando se quer fazer relação entre mídias e educação, muitos conceitos e autores nos foram apresentados e para mim particularmente muitos deles foram novidades e alguns até causaram estranhamento.
            Fizemos discussões sobre a mídia televisiva embasados nas palavras de Rosa Maria Fisher, falamos das possíveis formas de se trabalhar a mídia dentro da sala de aula, e essas formas vão desde as redes sociais até a construção de sites ou blogs como este aqui, além da possibilidade de ser qualquer outra forma de expressão midiática que esteja interpelando os alunos naquele momento. Tivemos o seminário de Bauman que pra mim particularmente foram os melhores textos, pois é uma leitura muito acessível, muito "atual", e o seu conceito de liquidez em vida, amor, modernidade, medo liquido, ou seja sociedade liquida, é o que estamos vivendo, pra mim é muito interessante.
             Também discutimos sobre interatividade e a modificação que este conceito vem sofrendo, já que hoje temos desde eletroportáteis, eletrodomésticos, roupas entre outros objetos "interativos", esse conceito vem perdendo sua funcionalidade original de ser algo que nós possamos criar, modificar, interagir com outras pessoas, essas também poderão modificar, e interagir com outras, para agora termos objetos programáveis com nome de interativos, e isso afeta o que? O consumo.
             O consumo  tanto adulto quanto infantil é afetado pela propaganda, essa é elaborada para um consumidor específico, que vai ser atraído por aquele objeto por que ele tem exatamente tudo que ele estava querendo e procurando, como se tivesse sido pensado para aquela pessoa em especial, e essa foi uma das nossas discussões que mais mexeram comigo, a quem se endereça essas propagandas. Sempre gostei de propagandas, quanto mais elaboradas melhor, sempre achei que tinham alguns "gênios" por trás de certas propagandas e ficava pensando muito sobre elas mas nunca com esse olhar crítico de educadora, olhar e sentimento com o qual vou me despedindo da disciplina Mídias e Educação !!!!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Coca- cola: o lado bom da vida!!

     No atual tempo histórico, vivenciamos uma lógica de consumo cada dia mais solidificada em nossa sociedade, afirmando que o ter é essencial na constituição do ser. Neste sentido, as propagandas midiáticas se utilizam de diferentes estratégias de marketing para nos interpelarem e nos convenceram da necessidade de seus produtos.
     Desta forma, o vídeo a seguir, construído para a disciplina de Mídias e Educação/FURG, busca desconstruir os apelos midiáticos utilizados nas propagandas da Coca-cola, apresentando outras propriedades do produto que a indústria midiática negligencia.

                               

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Refletindo sobre as gerações




     Pensar em gerações é pensar em um grupo de características que definem um contingente de pessoas. Mas essas características não surgem de forma aleatória, ao contrário, são fatos sociais e históricos que interferem em sujeitos que são constituídos e constituem uma cultura a partir das inter-relações entre diferentes indivíduos mediatizados pelo mundo. Neste sentido, definir categorias sociais é ignorar temporariamente um conjunto de características que tornam as pessoas únicas e singulares. Nesta perspectiva, segundo Bauman (2011) definir as gerações é fazer uma “condensação relativa” de propriedades e características individuais para enquadrá-las em uma categoria da sociedade, em demarcador social.
     Quando pensamos nas gerações passadas, podemo-nos lembrar da geração dos “baby boomers”, geração “X”, geração “Y” e, ainda a atual geração “Z”. Gerações que foram marcadas por transformações históricas e sociais que condicionaram comportamentos e produziram uma cultura, modificando a conjuntura da sociedade.
      O vídeo a seguir ilustra de forma exemplificada as características destas gerações, contextualizando-as nos seus tempos históricos e suas atuações frente a eles.






REFERENCIAS:
BAUMAN, Zygmunt. “44 cartas do mundo líquido moderno”. Tradução: Vera Pereira. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2011.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Reflexões sobre discursos midiáticos (re)produzidos numa propaganda

     Propagandas são artefatos culturais que (re)produzem uma sociedade com uma intencionalidade específica. Dessa forma, a partir da propaganda escolhida durante a aula de Mídias e Educação, buscamos analisar as representações sociais presentes nesta ferramenta midiática, direcionando nosso olhar para as formas de endereçamentos e os discursos (re)produzidos a partir de um determinado lugar na sociedade.
Nesse sentido, observamos na propaganda escolhida um discurso machista que afirma que o ter é essencial na constituição do ser, ao representar na imagem do personagem masculino a mudança de postura para conseguir alcançar um determinado “objeto” de desejo, ele utiliza-se de diversas estratégias modificando sua imagem, acreditando que assim corresponderá a uma representação de homem ideal.

     Este discurso ganha força ao trazer a representação feminina como algo a ser consumido, isto fica evidente através da postura feminina representada na propaganda que se mostra exigente quanto ao que seus pretendentes possuem e tem a oferecer a ela. Isto se evidencia quando ela só se atenta a presença do seu pretendente quando este modifica sua imagem, através de roupas e um carro do ano.
     Diante disso, entendemos que o endereçamento desta produção midiática está centrado nos homens que não correspondem à idealização social, vendendo a ideia de que consumindo os produtos direcionados nesta propaganda seu status na sociedade se modifica. Desse modo, a propaganda (re)produz um discurso de um contingente social que atingem e definem estes padrões, a partir da posição de poder na sociedade. A linguagem presente nesta produção é visual e centrada na valorização simbólica dos discursos reproduzidos pautados nas relações de poder.

     No que concerne o espaço educativo, esta discussão torna-se essencial, na medida em que as propagandas interpelam todas as instancias sociais e (re)produzem discursos capazes de (re)constituir os sujeitos da sociedade. Portanto, uma vez que estas (re)produções não acontecem de forma unilateral,  o ambiente da escola transforma-se em um importante lugar de ressignificação dos discursos culturais estabelecidos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Reflexões a partir do VII Congresso Internacional ABEH

      Durante os dias 7-8-9/05 aconteceu na Universidade Federal de Rio Grande- FURG o VII Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade de Sexual e de Gênero da Associação Brasileiras de Estudos da Homocultura, neste evento ocorreram diversas apresentações culturais, também contamos com palestras de muito destaque como da Profª Drª Guacira Lopes Louro, e tantas outras. Além disto, tivemos diversas rodas de conversa sobre as temáticas do evento, que englobam desde combate a homofobia, sexualidade até preconceito racial e de gênero, também contamos com a apresentação de pôsteres de alunos da universidade local como também de diversas outras universidades.
     No dia 07/05 eu, Keli Velasques, e a colega Daniele Pinheiro apresentamos um pôster intitulado (re)produções e (des)construções de gênero nos episódios de Peppa Pig, desenho de origem britânica atualmente veiculado ao canal da TV fechada Discovery Kids, no trabalho nosso objetivo foi o de discutir quais as formas que estavam sendo utilizadas para a representação do papel feminino e masculino, através dos personagens mamãe e papai Pig, Peppa e George seu irmão mais novo. Nossas análises foram em torno das muitas (des)construções apresentadas no desenho, como, por exemplo, o pai realizando os trabalhos domésticos enquanto a mãe trabalha, um menino fazendo aulas de balé e sendo ensinado que não há nada de errado nisso, porém salientamos que alguns aspectos continuam a ser (re)produzidos como a família nuclear.
     Durante nosso tempo de permanência na sala de apresentações pudemos realizar várias discussões a partir da troca de ideias e experiências com as diversas pessoas, como a minha parceira de blog Roberta Pereira, que foram prestigiar o nosso e os outros tantos trabalhos apresentados naquela tarde. Sendo assim, esta foi uma ótima oportunidade de difundir os trabalhos realizados dentro das temáticas: diversidade, gênero e sexualidade.

   Desse modo, o congresso nos potencializou a problematização destas temáticas relacionando-as as discussões realizadas nas aulas de Mídias e Educação, fazendo-nos refletir sobre o papel da indústria midiática frente a mudanças na ordem social. A partir da participação no evento, nos questionamos: Como a mídia atual vem (re)construindo as representações de gênero, sexualidade e diversidade nessa  nova configuração de sociedade?

A mídia que nos constitui e o espaço educativo

     Partindo das discussões realizadas na disciplina de mídias e educação e das leituras que nós viemos realizando ao longo destes três anos na graduação em Pedagogia chegamos a alguns entendimentos sobre a influência midiática atualmente:
     A influência que o discurso midiático tem na construção e constituição da dimensão social como um todo está produzindo cultura a todo o momento. Entretanto, esta produção não acontece de forma unilateral, na medida em que a mídia nos interpela com as mais diferentes formas, nós também, enquanto sociedade, a constituímos, uma vez que reproduzimos interpretativamente os conteúdos simbólicos veiculados nas diferentes linguagens midiáticas, segundo nossa dimensão sócio-histórica, recriando estes discursos.       
   Nessa perspectiva, a mídia se faz uma instância educativa, na medida em que ela transmite valores, conceitos e padrões prontos para serem seguidos e normatizados por um determinado público-alvo. Ela também interfere em nossa dimensão simbólica e cultural e nos ensina como devemos nos vestir, falar, comer, etc.., para que sejamos aceitos na sociedade.
   Deste modo, a escola torna-se um espaço em disputa, uma vez que a mídia atual maneira rápida e instantânea. 
      O espaço educativo formal, dentro dessa lógica, passa a ser um espaço chato e
desinteressante, na medida em que não acompanha o desenvolvimento da indústria midiática e se alicerça em teorias pedagógicas que estão em descompasso com a sociedade atual. Como tentativa de contrapor esta lógica, a escola insere dentro de seu espaço tecnologias de apoio pedagógico, são eles: aparelhos multimídia, telas interativas, computadores, tablets e por aí vai, entretanto, mesmo com este aparato tecnológico a prática pedagógica pouco ou nada muda.
     Acreditamos que a educação e a prática educativa não se dissociam, a mídia atualmente só faz compor esta unidade e ambas estão intrinsecamente ligadas ao tipo de sociedade que se tem. Diante disso, é evidente a transformação que a sociedade vem sofrendo a partir da influencia da mídia e sua indústria e, por isso mesmo, as práticas pedagógicas deveriam
estar também se modificando. Porém, verificamos neste processo que é preciso uma modificação humana, precisamos de professores qualificados, com conhecimento, capazes de utilizar todas as ferramentas disponíveis na ressignificação destas formas midiáticas que interpelam nossas crianças e jovens diariamente, pois de nada adianta inserir diferentes e diversas tecnologias na esfera educativa se, as epistemologias de ensino que alicerçam o ato educativo não se transformarem.